CF 2013: Os Impactos da Mudança de Época

18-02-2013 14:58

 

Ontem, fizemos um breve resumo do texto-base da CF 2913. Hoje, vamos conversar sobre o primeiro ponto que fala sobre a mudança de época e seus impactos. Vale lembrar que nosso intento aqui é explicitar de forma resumida, o conteúdo oferecido pelo Texto-base.

A mudança de época que estamos vivendo “enfraquece e altera muitos paradigmas tradicionais”. O jeito de “compreender o mundo” não é mais o mesmo. Existem “novas formas de ver o mundo e da vida”. Podemos ver essas mudanças na economia, na política, na ciência, na educação, no esporte, nas artes, na religião. Mas a religião sofre maior impacto, porque ela preocupa-se com o ser humano e sua formação global, e com sua relação com Deus. Tais mudanças provocam em nós uma “crise de sentido” que pode distorcer os nossos “critérios de julgamento e os valores mais profundos”, atingindo especialmente as famílias. Acontece assim a “desarticulação cultural” e a “indiferença pelo outro” e “as relações deixam de acontecer na gratuidade” e passam a acontecer “de forma descompromissada e pouco estável”. Aí começa a desestruturação familiar e a desordem na identidade do homem e da mulher. No lugar dos pais e da escola, ficam os “meios de comunicação de massa”, que impõe “artificialmente” seus interesses de mercado.

Mas, apesar das “consequências perigosas” essas mudanças culturais trazem também aspectos positivos que “se revertem em vida”, como por exemplo, “a valorização da pessoa, da sua consciência e experiência, dos seus projetos e esperanças e do sentido da vida e da transcendência”; o “reconhecimento da diversidade cultural”, da valorização da vida familiar e comunitária, da “procura por Deus” em contraposição a essas perigosas mudanças culturais; os “avanços tecnológicos” que fazem os jovens “expandir suas relações”, promovendo assim “maior humanização global”.

Outro impacto que podemos sentir nessa mudança de época é a “fragilização dos laços comunitários e a negação da vida”. O “sistema econômico” induz as pessoas a reproduzirem comportamentos de cobranças e competição, que são contraditórios à “lógica da graça” de Deus; nos projetos dos jovens, o sonho de formar uma família, dá lugar às “funções profissionais”. Surge aí pessoas que se sentem pertencentes a uma comunidade, mas não tem “vida comunitária”. Nasce também o “empobrecimento da consciência de mistério do ser humano e de sua existência”: vive-se sem culpa porque quem julga a realidade é a vontade e a liberdade; vive-se a felicidade do presente sem a preocupação com futuro, comprometendo a ética, “relativizando os valores necessários para a construção das dimensões fundamentais da vida”, vivendo uma vida irreal, fantasiosa. Os “laços comunitários e sociais se fragilizam”, na busca da realização e do sucesso individualista.

A CF quer lembrar as dificuldades por que passam os jovens e que tais mudanças tendem a diminuir o “apelo ao exercício consciente da cidadania”, tornando-os vítimas da exclusão e da violência. A família, o Estado, a escola e a Igreja, que são as instituições que deveriam acolher e servir os jovens, encontram-se fragilizados.

Outra consequência das mudanças de época é o “ativismo privado”. Nos anos 60, os jovens se organizavam no meio estudantil e tinham “uma atuação política bem determinada”; nos anos 90 os jovens atuavam mais em grupos “culturais e lúdicos”; já a nova geração preza mais pelos “projetos pessoais” a partir da “individualidade”. Hoje, os jovens atuam através da criatividade, “permitindo-lhes abrir novos caminhos para exercer o protagonismo da sociedade”. Se forem bem encaminhados, os jovens “não se deixam manipular”.

Mas, amanhã vamos conversar sobre como o jovem de hoje se comunica, sobre a cultura midiática. Tenha um dia cheio de Deus! Até amanhã!

Ir. José Torres, CSsR. 

(Texto-base da CF 2013, Primeira Parte: “Impacto da mudança de época, p. 12 a 19)

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