CF 2013: Pistas de ação em âmbito pessoal
21-03-2013 14:28
Estamos perto de finalizar nossos encontros de reflexão sobre o texto-base da CF. Depois de passarmos por quase todo o conteúdo, estamos falando sobre coisas mais concretas, sobre as “linhas de ação” e “pistas de ação”: o que fazer diante dessas reflexões. Porque se a gente conversa, diz coisas bonitas e inteligentes e depois esquece o que foi dito e não começa a agir, não vale a pena a reflexão. As informações tem de se tornar conhecimento, quer dizer, aquilo que nós refletimos na teoria, tem de se tornar prática, ação, verdade. Só assim, podemos transformar a vida, a realidade em que vivemos. É como a encarnação: “a Palavra de Deus se tornou carne e veio morar entre nós”. E tudo se transformou!
O texto da CF nos sugere oito pistas para que cada comunidade, paróquia, setor de evangelização possa ajudar o jovem a aplicar em sua vida, a partir deste tempo. São “pistas de ação” no âmbito pessoal:
- “Despertar os jovens para o profundo sentido da consciência humana, que apela sempre para o que há de mais digno, justo e belo” (quer dizer, perceber que o ser humano e cada pessoa possui sua beleza, seu valor, suas diferenças, que cada pessoa é única e precisa ser amada e preservada);
- “proporcionar aos jovens oportunidades de diálogo com os pais, com os professores, com sacerdotes, com os consagrados, com os seminaristas, com os catequistas, a respeito de seus projetos, de sua vocação, de seus desafios, de seus medos, de seus sonhos” (Isso pode ser feito através de encontros, retiros, eventos que juntem jovens que possam expressar suas questões pessoais e partilhar suas vidas; muitas vezes o jovem não tem uma boa relação com os pais mas um seminarista, um padre, o catequista, alguém com quem o jovem tenha mais proximidade e confiança poderá ser uma luz para acabar com suas angústias. E a comunidade pode promover esse momento importante de formação para o jovem);
- “auxiliar os jovens a se compreender nessa mudança de época e a tomar consciência da realidade da cultura midiática em que se encontram, percebendo valores, desafios e perigos” (conversar sempre ajuda, esclarece, desperta; sem impor, sempre em diálogo, acolhendo e propondo);
- “favorecer condições para que os jovens se abram à preciosidade da espiritualidade e da mensagem cristã, ao encontro profundo e sincero com Jesus Cristo” (é muito importante promover momentos de retiros para que os jovens vivam e se aprofundem na espiritualidade cristã);
- “orientar os jovens para que adiram às organizações, instituições, diretórios acadêmicos em vista de seus direitos, da dignidade da vida humana e dos valores éticos fundamentais; incentivá-los para que se engajem na luta contra a violência infantil, contra o trabalho escravo, contra o tráfico humano e contra o narcotráfico” (muitos jovens não sabem dessas situações, é preciso passar informações, promover debates, sugerir ações, envolver o coração dos jovens nesses temas);
- “proporcionar condições para que os jovens formem, nas Dioceses, nas paróquias, nas escolas e nas universidades, grupos de voluntariado e, por meio das novas mídias, criem uma rede de trabalho solidário na área da saúde, da educação e da promoção humana”;
- “apoiar os jovens na organização de oficinas sobre temas ligados à promoção da vida, à espiritualidade, á vida missionária, ao compromisso político e ambiental”;
- “incentivar os jovens a produzir, em linguagem midiática, mensagens para serem veiculadas no formato de clipping eletrônico, videoclipes para o Youtube e para outras redes sociais” (e essa é uma sugestão que já existe com toda força nas redes sociais, há vídeos fantásticos postados na internet, que podemos também utilizá-los em momentos de formação).
Hoje falamos sobre as linhas de ação em âmbito pessoal. Amanhã, vamos conversar sobre as linhas de ação em âmbito eclesial. Continue na paz do Cristo Redentor. Até amanhã.
Ir. José Torres, CSsR.
(CF 2013 - Fraternidade e Juventude: Terceira Parte, “Eis-me aqui, envia-me”, p.102 - 103).