CF 2013: recriar compromisso e transformação da sociedade

17-03-2013 16:45

 

Estamos falando sobre a atitude de abertura diante das novidades para que possamos ajudar a juventude a “construir uma sociedade geradora de vida e abundância às pessoas”. Para isso, é preciso recriar as relações com Deus, com a própria afetividade numa atitude de gratuidade.

É preciso também “recriar as relações e o compromisso nesta mudança de época”. A Igreja sempre utilizou dos meios de comunicação para evangelizar. “Desde a colocação de sinos nas torres das igrejas, passando pela utilização da imprensa (...) até a entrada da tecnologia eletrônica, para facilitar a propagação das vozes nas celebrações, a Igreja acompanhou o progresso, tornando-se a principal responsável pela cultura ocidental”.

O texto-base apresenta três elementos importantes para que possamos “contribuir com a integração das pessoas no contexto da cultura midiática”:

1-      “reconhecer os benefícios dos meios de comunicação atuais e utilizá-los com discernimento”. A Igreja precisa continuar cada vez mais presente nos meios de comunicação e ajudar também a perceber os perigos que existem no uso das mídias, porque o conteúdo que se transmite através delas, pode contribuir com a construção de um mundo melhor ou pode confundir as pessoas quando acontece alguma distorção nas informações.

2-      “perceber os perigos que o uso descuidado das tecnologias digitais pode provocar”. Veja, quando alguém não consegue viver um dia sem usar a internet, sem ficar longe de um aparelho celular, é um sinal de que ela está começando a ficar viciada. É preciso ter cuidado para não prejudicar outras atividades importantes da vida por causa do excesso no uso das tecnologias.

3-      “cuidar para que os relacionamentos virtuais não prejudiquem os encontros pessoais, nem sirvam para alienar e para isolar as pessoas”. Aí está um dos pontos mais discutidos nos dias de hoje. A tecnologia deve servir para encurtar as distâncias, para comunicar mais, para resolver nossos problemas e trazer as informações mais rapidamente; o uso das tecnologias não devem substituir nossas relações fraternas presenciais. Isso pode fazer com que convivamos com nossos familiares e amigos de forma invisível: nossa atenção se dirige para as pessoas com quem conversamos ao computador ou no celular, enquanto as pessoas que estão ao nosso lado não são percebidas, como se fossem invisíveis.

Nesta mudança de época, a Igreja também precisa “recriar o dinamismo de transformação da sociedade”. Como sabemos, os tempos de hoje são marcados por “profundas mudanças, que afetam o modo de ver a si mesmo, o mundo e o outro”. E para passar e superar essa fase difícil, “o jovem é chamado a desenvolver uma consciência crítica e a construir espaços alternativos de vivência”. A juventude precisa de ajuda para desenvolver a sua capacidade crítica e não ficar à mercê das ideologias e instituições que não estão comprometidas com a vida. E para que a sociedade seja construída com mais justiça e respeite a dignidade das pessoas, o texto-base apresenta três condições:

1-      “protagonizar ações solidárias e perceber que abraçar causas, que requerem empenho, enobrece e alegra”. A gente encontra muita gente que está empenhada em ajudar pessoas que estão sofrendo. Na Igreja temos muitos grupos como os vicentinos, a pastoral carcerária, a Fazenda da Esperança, pastoral da mulher marginalizada... e tantas outras organizações nas paróquias e dioceses que assistem as pessoas em situação de extrema pobreza. Quem se torna voluntário nesses grupos, sente uma felicidade enorme em poder ajudar o outro a se reerguer na vida, a recuperar a sua dignidade.

2-      “perceber as interpelações dos jovens que clamam pela inclusão social e pelo combate aos processos de marginalização”. Onde há jovem marginalizado, há um grito de socorro que precisa ser ouvido e algo precisa ser feito.

3-      “promover ações contra o mundo das drogas, contra a violência crescente que vitimam inúmeros jovens, contra os sofrimentos dos jovens indígenas, quilombolas, dos campos e das periferias”.

Pois bem, amanhã vamos conversar sobre outras duas atitudes a serem recriadas: a relação com o meio ambiente e a razão instrumental. Que Deus abençoe os projetos do seu dia de hoje. Até amanhã!

Ir. José Torres, CSsR.

 

(CF 2013 - Fraternidade e Juventude: Terceira Parte, “Abrir-se ao outro”, p. 94 - 95).

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