CF 2013: Protagonismo dos jovens
06-03-2013 10:53
Vamos continuar falando sobre o texto-base da CF. Nesta segunda parte, já falamos sobre “os jovens nas Sagradas Escrituras”, “Jovens na história da Igreja”, “jovens seguidores de Cristo”, “jovens no coração da Igreja” e agora vamos para o quinto ponto que fala sobre o tema do “Protagonismo dos jovens”. No nosso encontro de ontem, dizíamos que o jovem deve se apaixonar por Jesus para poder semear vida e esperança. Falamos sobre as ações que a Igreja no Brasil desenvolveu para se comprometer com os jovens. Tudo isso, culmina no objetivo de promover o “Protagonismo dos jovens”, que é o nosso tema de hoje.
No coração da Igreja está o sonho de que a juventude seja protagonista no seguimento de Jesus e na transformação do mundo. O texto-base da CF diz que “o protagonista é aquele que participa da sociedade e da Igreja de modo a influir significativamente nas transformações que fazem o mundo melhor”. Isto significa que a ação do protagonista sempre promove uma transformação em qualquer realidade onde ele estiver. Sem o protagonismo, não há motivação para “assumir responsabilidades, tomar iniciativa e desenvolver habilidades de liderança”.
Já dissemos anteriormente que a Juventude deve ser vista como “um lugar teológico” e que o “acompanhamento de assessores adultos” é muito importante para o protagonismo dos jovens e para “despertar o interesse na formação integral”. Mas é muito importante também “repensar as formas de ir ao encontro dos jovens”, porque as “novas linguagens” e os ”novos paradigmas” influenciam a pessoa, gerando “uma identidade nem sempre compreendida e vivenciada pelas novas gerações”. Portanto, é preciso dar voz ao jovem para que ele evangelize “a partir das realidades deste novo milênio”. Algumas formas utilizadas no passado já não são mais adequadas para que os jovens se motivem e se lancem nos serviços da Igreja.
Na sua visita ao Brasil, o Papa Bento XVI, no “Discurso aos Jovens Brasileiros”, dizia assim: “Podeis ser protagonistas de uma sociedade nova se procurais pôr em prática uma vivência real inspirada nos valores morais universais e também um empenho pessoal de formação humana e espiritual de vital importância”. O Papa fala “protagonista de uma sociedade nova”, diferente, voltada para o bem, para a solidariedade, a partilha, a sensibilidade ao sofrimento do outro. A sociedade que precisamos construir não pode ser nova se for uma reprodução dos pensamentos antigos, dos costumes do passado, mas deve ser um lugar transformado pela nova maneira de pensar e agir inspirada na experiência de quem se apaixonou por Jesus e com Ele deseja viver. O protagonismo juvenil deve ser buscado dentro ou fora da Igreja.
O Papa Bento XVI, em visita pastoral para os jovens, disse: “Permiti que o mistério de Cristo ilumine toda a vossa pessoa! Então, podereis levar aos vários ambientes aquela novidade que pode mudar os relacionamentos, as instituições, e as estruturas, para edificar um mundo mais justo e solidário, animado pela busca do bem comum. Não cedais a lógicas individualistas e egoístas. Que vos conforte o testemunho de muitos jovens que alcançaram a meta da santidade”. Isso significa que o protagonismo desejado pela Igreja deve dar um novo sentido para a vida; deixar que a luz de Cristo ilumine a pessoa toda; experimentar a novidade que muda os relacionamentos; não viver como egoísta no individualismo que exclui, que não partilha, que devasta a natureza, que gera um coração duro e sem amor. E para ajudar a orientar esse novo caminho para a vida, o novo sentido para existência, é preciso olhar o testemunho, a vida dos santos, pois eles falam como aderir a Cristo. A adesão a Cristo “dá sentido a vida e transforma a existência”. O compromisso com Cristo não é uma teoria, é um “encontro que sacia o coração e muda os rumos dos projetos pessoais de vida”.
Amanhã vamos continuar falando sobre outros aspectos do “Protagonismo dos jovens”. Que no dia de hoje você sinta a segurança do colo materno de Deus! Até amanhã!
Ir. José Torres, CSsR.
(CF 2013 - Fraternidade e Juventude: Segunda Parte, “Protagonismo dos Jovens”, p. 77 - 79).